29.11.10

HCG

GONADOTROFINA CORIÔNICA HUMANA (HCG)

A dosagem da gonadotrofina coriônica deve ser estudada em primeiro lugar porquanto, sendo um hormônio denunciador da presença de tecido trofoblástico, atende ao diagnóstico diferencial de alguns quadros clínicos, particularmente à primeira consulta, para definir a área ginecológica ou obstétrica.

A gonadotrofina coriônica é uma glico-proteína, e como tal consiste de duas sub-unidades proteicas (alfa e beta) unidas a um núcleo glicídico. É sabido que compartilha a sub-unidade alfa com FSH, LH e TSH, sendo a sub-unidade beta a detentora da especificidade imunológica. Afim de evitar-se a reação cruzada com LH no método RIA, foi estabelecida a dosagem da beta-gonadotrofina coriônica. O método Enzima Imunoensaio Fluorimétrico que utilizamos atualmente emprega dois anti-soros monoclonais, dosando a molécula inteira com um mínimo de interferência das demais glico-proteínas hormonais.

A dosagem de HCG cria um problema na definição dos níveis inferiores, inexistente para hormônios de presença normal obrigatória. Ainda assim, em alguns casos (prolactina, hormônio tireotrófico) apela-se ao recurso de estender o limite inferior da normalidade até zero. Isto é, admite-se que na dosagem destes dois hormônios, eventualmente, um adulto normal possa ter teores não tituláveis. O aceitar-se as taxas obtidas com a observância estrita do método, sem outras considerações, resultou na descrição de valores tituláveis de beta-HCG em vários carcinomas além dos coriomas; depois, em mulheres não grávidas; e, finalmente, mesmo em homens normais.

Existe evidentemente uma dificuldade a ser superada, pois os números mais baixos, na faixa de menor precisão do método, não podem ser tomados simplesmente como se apresentam. Antes de alargar exageradamente a possibilidade da presença de HCG, devemos definir um nível capaz de traduzir em termos clínicos (e não puramente decorrente de metodologia laboratorial) a existência real de tecido trofoblástico em atividade. Tal nível, propomos, será de 1.000 miliUI/ml, a partir do qual, na quase totalidade dos casos, há de fato uma fonte ativa de gonadotrofina coriônica. É óbvio que, para atingir este ponto, foram ultrapassados níveis tituláveis anteriores, que podemos determinar em alguns casos. Entretanto, considerando a rapidez da ascenção dos níveis de HCG na gravidez normal, é preferível a repetição da dosagem sempre que o valor estiver abaixo de 1.000 miliUI/ml. 48 horas são prazo suficiente para que tal valor numérico seja ultrapassado de modo significativo, colocando-nos ao abrigo de imaginar-se uma secreção de HCG não existente. Tal prazo pode ser utilizado sem inconvenientes na prática, mesmo para situações de urgência em que se requeira a definição segura da presença de HCG, como é o caso, mais comum, da prenhez ectópica.

Valores Normais

Em princípio a presença de HCG pode ser determinada a partir de 10 dias da ovulação, isto é, antes de instalada a amenorréia ou, medindo-se em tempo de gestação, na 4a semana. Embora ocasionalmente tenhamos conseguido tal objetivo, por vezes com números inferiores a 1.000 miliUI/ml, confirmado o diagnóstico em titulações ascencionais subsequentes, isto não deve ser entendido como sempre possível.

Uma tentativa de balizar os valores mais significativos oferece os números abaixo em miliUI/ml:

4a semana – 1.000
5a semana – 3.000
6a semana – 6.000
7a semana – 20.000

Da 8a à 10a semana transcorre o “fenômeno apical” de HCG, quando a taxa eleva-se a 50.000 ou mesmo 100.000 miliUI/ml. Depois de 90 dias de amenorréia estabelece-se uma amplitude entre 5.000 e 15.000 miliUI/ml. Qualquer valor abaixo deste limite é indicativo de anormalidade. Um segundo pico de HCG, menor, é descrito na 36a semana, de significado desconhecido. A descida do primeiro pico é correlacionada à elevação da progesterona placentária, e tal cruzamento traduz a normalidade neste momento crítico após a 12a semana.

Devido a seu lento metabolismo a gonadotrofina coriônica persiste titulável até cerca de 15 dias após a morte intra-uterina do ovo, ou depois de um parto normal a termo, e esta particularidade assume grande importância clínica em certos casos de abortamento. Por vezes uma gravidez irremediavelmente condenada ainda oferece níveis tituláveis de beta-HCG. Um dado de experiência que podemos sugerir é aceitar o limite inferior de 4.000 miliUI/ml como o mínimo compatível com gestação evolutiva depois da 6a semana. Abaixo deste limiar há mau prognóstico e a interrupção é a regra, decrescendo as taxas em determinações seriadas até ao zero.


Aparato Reproductor Femenino

Se compone de 2 partes:

1) ovario

2) trompas de Falopio, útero y vagina.

OVARIOS

*3 a 4 cm de longitud.

Ligamentos – suspensorio del ovario (contiene vasos uteroovaricos), uteroovarico (cordón fibroso), tuboovarico.

Estructura – Epitelio superficial, estroma cortical (albugínea), estroma medular, folículos (500.000), estructuras del hilio ovárico (células hiliares de Leydig – acción androgénica).

TROMPAS

Situada a los bordes del ligamento ancho.

Longitud: 10 a 12 cm.

Diámetro: 2 a 3 mm cerca del útero aumentando hasta 8 mm en su extremo.

Conformación – 4 partes: intersticial, istmo, ampolla y pabellón.

Estructura – endolsalpinx, miosalpinx.

UTERO

Separados por el istmo tenemos el útero superior – cuerpo uterino y el inferior – cuello uterino.

Cuerpo uterino – 5 a 6 cm, 2 caras (anterior y posterior), 3 bordes (1 lateral y 2 transversales) 1 borde superior o fondo uterino – ángulos laterales del útero donde se insertan las trompas liganetos redondos y uteroovarico.

Estructura: miometrio (muscular espiralada) y endometrio (mucosa, glándulas bulosas). Entre ambas se sitúa la capa media o plexiforme.

Endometrio: funcional (cambios morfológicos en menstruación), basal (sin cambios funcionales – lugar donde penetran arterias radiadas del miometrio – arterias espiraladas).

Cuello uterino – en su parte media: 3 cm. Porciones – superior, extravaginal o supravaginal, intermedia o vaginal, intravaginal.

Ligamentos uterinos

Ligamentos anchos - conecta a ambas caras del útero con las paredes y el piso de la pelvis. Mesometrio (útero), mesosalpinge (trompas), Mesoovario (ovario).

Ligamentos redondos - fibras musculares que se liga al útero e pasa al largo del ligamento ancho, atravesando el canal inguinal, llegando al labio mayor. Longitud de 12 a 15 cm y un grosor de 2 a 5 mm.

Ligamentos uterosacros – va desde el cérvix hacia vertebras sacras. El pliegue peritoneal que les cubre forma el fondo de saco de Douglas (tejido entre vagina y recto).

VAGINA

Longitud: 7 a 8 cm

Ancho: 2 a 3 cm.

Forma con el cuello un surco “fondo de saco vaginal) y en su extremo inferior se abre en la vulva mediante el introito (cerrado por el himen).

Estructura – Capa interna mucosa, capa media muscular, capa externa fibrosa.

VULVA

Órganos genitales externos.

Labios mayores y menores, espacio interlabial o hendidura vulvar y clítoris.

Formaciones labiales

Labios mayores – 7 a 8 cm de longitud por 2 a 3 de ancho. Extremidad anterior forma la comisura anterior que se continúa el monte de venus y la posterior la comisura posterior u horquilla. Hay abundante glándulas sebáceas, sudoríparas, apocrino. En su base se forma una bolsa o saco elástico (tejido adiposo) que se extiende en toda su longitud.

Labios menores o ninfas – 2 repliegues cutáneos situados adentro de los labios mayores. Tiene tejido conjuntivo desproveído de tejido adiposo. En la extremidad anterior abajo del clítoris hay el frenillo. En la posterior la cara interna del labio mayor.

Espacio interlabial – separa los labios vulvares. Formado por el vestíbulo, meato uretral, introito (himen), glándulas vestibulares de Huguier y Bartolin, órganos eréctiles.

Vestíbulo – situada a los lados de los labios menores, en su base el orifico uretral y el borde anterior el introito, en su vértice por el clítoris. Tiene pequenos orificios glandulares.

Meato urinario – orificio situado en la línea media de +- 2 cm.

Himen – membrana trasversal que cubre el introito. Los tipos son – collar, anular, semilunar, bilabiado, cribiforme, tabicado.

Orificios glandulares – glándulas parauretrales de Skene. Las menos o de Huguier y las mayores o de Bartolin (mide de 10 a 15 mm de largo y 8 a 10 de ancho).

Formaciones eréctiles – clítoris y bulbos vestibulares.

Clítoris: anterosuperior a la vulva, posee cuerpos cavernosos, sostenido por un ligamento suspensor que lo fija a sínfisis pubiana. Mide de 6 a 7 cm siendo mitad correspondiente a la raíz y otra al cuerpo.

Bulbos vestibulares: derecha e izquierda de la uretra de 3 a 4 cm de longitud y 1 a 1,5 de ancho. Cubierta de musculo bulbocavernoso entre el meato y el clítoris.

RESTOS EMBRIONARIOS ASOCIADOS

Cuerpo de Rosenmuller o epooforo, paraooforo, conducto de gartner y la hidátide de Morgagni.

Epooforo – conjunto de tubos situado por debajo de la trompa de 3 a 4 cm de ancho y 1 a 2 de alto.

Paraooforo – grupo de granulaciones y canalículos atróficos por dentro del cuerpo de rosenmuller.

Cuerpo de Gartner – parte del paraovario y deciende por el cuello uterino hasta el himen.

Hidatide de Morgagnivesicula insertada en una de las franjas del pabellon tubarico.

APARATO DE FIJACION

Piso de la cavidad pelviana – músculos elevadores del ano y los isquicoccigeos que componen el diafragma pelviano principal.

Perineo – conjunto de partes blandas situada por debajo del diafragma pelviano.

Anterior – extremo distal del parato urogenital, y estructuras que rodean conformando la vulva. Compuesto por musculo trasverso profundo, superficial, isquiocavernoso, bulbocavernoso o constrictor de la vagina.

Posterior – orifico anals, esfínter y la parte terminal del recto y laterlamente las fosas isquirrectales, espacio ocupado por tejido celuloadiposo.

IRRIGACION ARTERIAL

Ramas de arteria hipogástrica

*Arteria uterina con 3 porciones: parietal (adelante y abajo), trasversa (ligamento ancho al utero). La trasversa da ramos vesicales inferiores, uretericos, peritoneales y cervicovaginales. Al final se divide en rama del fondo (fondo uterino), y la tubarica interna que se anastomosa con la ovárica.

*Arteria Vaginal – 2/3 inferiores de la vagina. Forman la ácigos de la vagina.

*Arteria pudenda anterior – ramas perineales superficiales y profundas, irrigan perineo y vulva. Emite la cavernosa que irriga clítoris y órganos eréctiles.

*Hemorroidal media – extremo inferior de la vagina.

Rama de la Aorta

*Uteroovarica – penetra en el ovario ramifica como tubaria externa. Se anastomosa con la uterina.

Rama de la femoral

*Arteria pudenda externa que irriga labios vulvares.

VENAS

*Uterovaginales – plexo uterino y vaginal. Se anastomosan con los vasicales en conexión con el de Santorini. Hacia atraz con hemorroidales.

*Uteroovaricas – plexo pampiniforme que terminan en la cava y renal.

*Hemorroidales – ampolla rectal, elevadores del ano y plexo vaginal.

* Vesicales – derivan del plexo de santorini, vaginal y hemorroidal.

*Parietales – pudendas internas – perineo y genitales externos.

LINFATICOS

Ganglios linfáticos vulvoperineales, inguinales superficiales y profundos (vulva), iliacos, plexo presinfisario, plexo retrosinfisario y ganglios obturadores.

INERVACION

Nervios provenientes del ganglio hipogástrico

Nervio presacro, nervio hipogástrico que se dirigen la recto, vejiga, uréter, útero y vagina.

La vulva recibe inervación por la rama perineal del pudendo interno, rama genital del plexo lumbar.

El ovario recibe de los ganglios mesentéricos superiores y pre aórticos.

DIP / PIP

DIP

1. Introdução

A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) é uma das mais freqüentes complicações das doenças sexualmente transmissíveis (DST) e uma importante causa de gestação ectópica e infertilidade feminina. É uma síndrome clínica atribuída à ascensão de microorganismos do trato genital inferior, que compromete o endométrio, trompas, anexos uterinos e/ou estruturas contíguas (ooforite; parametrite; pelviperitonite; miometrite).

O termo salpingite aguda é um sinônimo de DIP aguda. É uma entidade de grande importância médica e socioeconômica, visto que é uma causa freqüente de infertilidade, gestação ectópica, dor pélvica crônica e internação nos serviços de ginecologia.

2. Epidemiologia - fatores de risco

Idade - pacientes mais jovens, entre 20 e 30 anos, têm maior incidência de DIP. Isso se correlaciona provavelmente com o comportamento sexual nesta faixa etária, predispondo às doenças sexualmente transmissíveis. Talvez esteja também relacionada a características biológicas que predispõem ao desenvolvimento da doença inflamatória pélvica, como maior permeabilidade do muco cervical, menor prevalência de anticorpos contra chlamydia e maior área de eversão no colo uterino.

Situação socioeconômica - observa-se uma maior incidência de DIP em classes econômicas menos privilegiadas.

Atividade sexual - múltiplos parceiros sexuais ou parceiro sexual com múltiplas parceiras constituem importante fator de risco para DIP, aumentando a incidência em até seis vezes.

DST prévias ou atuais - pacientes portadores de infecção por Clamydia, gonococo ou mycoplasma têm um risco aumentado para o desenvolvimento de DIP. Acredita-se que até 20% dessas pacientes irão desenvolver a doença.

História prévia de DIP - as trompas morfologicamente alteradas pela DIP são mais suscetíveis a novos episódios. Por outro lado, a DIP prévia revela, em grande parte dos casos, um comportamento sexual específico de risco que não tende a mudar com o tempo.

Parceiro sexual portador de uretrite.

Manipulação inadequada do trato genital.

Uso de DIU - o uso do dispositivo intra-uterino, principalmente quando associado a outros fatores de risco, é um importante fator para o desenvolvimento da doença inflamatória pélvica. Esse risco parece ser maior nos primeiros quatro meses de uso.


OBS: Quando usado de forma adequada, os métodos contraceptivos de barreira estão associados a uma diminuição do risco de DIP, DST e infertilidade. Esses métodos parecem diminuir a incidência de DIP ao reduzir a chance de contrair DST.

Os anticoncepcionais orais (ACOs) estão associados a uma diminuição da incidência de DIP sintomática, apesar de não modificar a incidência de infertilidade nas mulheres. Isso sugere que mulheres em uso de ACOs desenvolvem DIP como a população geral, entretanto de forma mais branda, possivelmente assintomática.

3. Microbiologia - agentes etiológicos

• N. Gonorrhoeae (mais comum)
• C. Trachomatis (mais comum)
• Ureaplasma urealyticum
• Streptococcus beta-hemolítico do grupo A
• Mycoplasma hominis
• Hemophilus influenza
• Streptococcus pyogens
• Streptococcus pneumoniae
• Peptostreptococcus sp
• Bacteroides fragilis
• Escherichia coli

Obs: As infecções são freqüentemente polimicrobianas

4. Classificação

Estágio I (Leve) - salpingite aguda sem irritação peritoneal.

Estágio II (Moderada sem abscesso) - salpingite com irritação peritoneal (pelviperitonite)

Estágio III (Moderada com abscesso) - salpingite aguda com oclusão tubária ou abscesso tubo-ovariano ou abscesso pélvico.

Estágio IV (Grave) - abscesso tubo-ovariano roto ou sinais de choque séptico

5. Diagnóstico clínico

O princípio básico do diagnóstico da DIP é o estabelecimento de rotinas diagnósticas, sensíveis o suficiente para a diagnosticar casos leves e específicas com o intuito de evitar o uso indiscriminado e desnecessário de antibióticos em mulheres sem infecção. Muitos sintomas clínicos são sugestivos de DIP, entretanto, nenhum é específico o suficiente para garantir o diagnóstico baseado somente na história clínica.

5.1. Sintomas da Doença Inflamatória Pélvica

• Dor em região inferior do abdômen;
• Menorragia;
• Calafrios;
• Corrimento com características mucopurulenta - denotando processo infeccioso do aparelho genital inferior;
• Disúria - Achado que traduz acometimento do trato urinário inferior concomitante;
• Sintomas gastrintestinais - náuseas; vômitos; anorexia;
• Queda variável do estado geral.

O próximo passo no diagnóstico clínico da DIP é o exame físico, com exame do abdômen e do trato genital. A secreção vaginal deve ser avaliada assim como a presença de endocervicite.

5.2. Sinais da Doença Inflamatória Pélvica

• Dor à palpação em região abdominal inferior;
• Dor à palpação e percussão do hipocôndrio direito - possibilidade de Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis (SFHC). A SFHC é uma manifestação extra-pélvica da DIP e costuma ser um achado incidental nessas pacientes, visto que os sinais e sintomas pélvicos tendem a ser mais intensos que àqueles relacionados à peri-hepatite. A dor é geralmente no hipocôndrio direito, sendo exacerbado pela tosse e inspiração. Pode haver irradiação para região escapular;
• Hipertermia vaginal;
• Febre;
• Dor à palpação das regiões anexiais;
• Dor à mobilização do colo uterino;
• Secreção vaginal ou cervical anormal;
• Massa pélvica - a presença de massa anexial palpável ao exame bimanual em uma paciente com diagnóstico de DIP é muito sugestivo de abscesso tubo-ovariano;
• Abaulamento do fundo de saco - presença de abscesso ou líquido livre na cavidade;
• Sinais de irritação peritoneal.

6. Diagnóstico laboratorial e exames complementares

Hemograma Completo - é um exame de grande importância para complementar o diagnóstico do processo inflamatório pélvico. Observa-se freqüentemente leucocitose, por vezes elevada.

Velocidade de Hemossedimentação (VHS) - é um exame inespecífico que se altera em qualquer processo inflamatório. Tem maior importância no controle do tratamento das pacientes com DIP. Também pode ser utilizada a Ptn C reativa.

Avaliação da secreção de endocérvice e vaginal - a presença de mais de cinco leucócitos por campo de imersão na secreção de endocérvice é um dos critérios para o diagnóstico de DIP (critério menor)

Avaliação microbiológica - a endocérvice é o melhor local para obtenção de material para exame microbiológico. Se possível, deve ser solicitado cultura para chlamydia e gonococo. O estudo microscópico do material obtido corado pelo gram também é de grande importância. Também se pode obter material da uretra, do abdômen (através de laparoscopia) e do fundo de saco posterior (culdocentese)

Ultra-sonografia pélvica - por ser um exame não-invasivo e desprovido de complicações, está indicada na avaliação da paciente com suspeita de DIP. Correlaciona-se relativamente bem com os achados laparoscópicos nas mulheres com doença severa. Pode-se visualizar trompas alargadas, com limites imprecisos ou com conteúdo líquido no seu interior (piossalpinge), e até massas anexiais nos casos de abscesso tubo-ovarianos. Nas pacientes com doença leve os achados ultra-sonográficos são escassos.

Radiografia simples do abdômen - é de utilidade nos casos de abdômen agudo, como primeira avaliação.

Laparoscopia - constitui-se atualmente no "padrão ouro" para o diagnóstico e estadiamento da Doença Inflamatória Pélvica. Além de se obter material da cavidade abdomino-pélvica para exame laboratorial e microbiológico, pode-se visualizar, nos casos de salpingite aguda, hiperemia importante da superfície tubária; edema da parede tubária; e exsudato na superfície tubária e fímbrias.

EAS e Urinocultura

Teste de Gravidez - afastar prenhez ectópica

Biópsia de endométrio - a endometrite está freqüentemente associada à salpingite. A biópsia de endométrio com subseqüente confirmação histológica de endometrite aguda ou crônica confirma o diagnóstico de DIP (critério elaborado).

7. Critérios para o diagnóstico da doença inflamatória pélvica

Para o diagnóstico é necessário 3 critérios maiores + 1 critério menor ou 1 critério elaborado.

Critérios maiores

• Dor no abdômen inferior;
• Dor à palpação dos anexos;
• Dor à mobilização do colo uterino.

Critérios menores

• Temperatura axilar maior que 37.8oC;
• Secreção vaginal ou cervical anormal;
• Massa pélvica;
• Mais de cinco leucócitos por campo de imersão em secreção de endocérvice;
• Hemograma infeccioso (leucocitose);
• Proteína C reativa ou VHS elevada;
• Comprovação laboratorial de infecção cervical pelo gonococo, clamydia ou mycoplasma.

Critérios elaborados

• Evidência histopatológica de endometrite;
• Presença de abscesso tubo-ovariano ou de fundo-de-saco de Douglas em estudo de imagem (USG pélvica);
• Laparoscopia com evidência de DIP.

8. Diagnóstico diferencial

• Prenhez ectópica;
• Apendicite aguda;
• Infecção do trato urinário;
• Litíase ureteral;
• Torção de tumor cístico ovariano;
• Rotura de cisto ovariano;
• Endometriose (rotura de endometrioma).

9. Tratamento

O tratamento adequado da paciente com DIP engloba antibioticoterapia apropriada; determinação da necessidade de hospitalização; educação e orientação da paciente; avaliação do(s) parceiro(s) sexual(is); e seguimento pós-tratamento.

O tratamento deve ser iniciado tão logo o diagnóstico seja feito, pois um retardo no seu início pode acarretar danos irreversíveis no sistema reprodutor. Quanto mais rápido iniciado o tratamento, menor a chance de seqüelas. Este é baseado no consenso de que a PID é usualmente polimicrobiana e, na maioria das vezes, é iniciado de forma empírica.

Um dos aspectos básicos do manejo da paciente com doença inflamatória pélvica é a avaliação da necessidade de internação para tratamento. O tratamento ambulatorial aplica-se a mulheres que apresentam quadro clínico leve, exame abdominal e ginecológico sem sinais de pelviperitonite e que não estejam incluídas nos critérios para tratamento hospitalar:

• Caso de emergência cirúrgica (Ex.: abscesso tubo-ovariano roto);
• Quadro grave com sinais de peritonite, náuseas, vômitos ou febre alta;
• Gestantes;
• Paciente imunodeficiente (HIV positiva com baixos níveis de CD4, ou em uso de terapia imunossupressora ou outros quadros debilitantes);
• Paciente não apresenta resposta adequada ao tratamento ambulatorial;
• Paciente não tolera ou é incapaz de aderir ao tratamento ambulatorial.

10. Indicações para tratamento cirúrgico

• Falha do Tratamento Clínico;
• Presença de Massa pélvica que persiste ou aumenta, apesar do tratamento clínico;
• Suspeita de rotura de abscesso tubo-ovariano;
• Hemoperitônio;
• Abscesso de fundo de saco de Douglas.

11. Tratamento do(s) parceiro(s) sexual(is)

Azitromicina 1g VO (dose única) + Ofloxacina 400 mg VO (dose única)

12. Observações

1. Nos casos mais graves ou de resposta inadequada, avaliar a necessidade de associar outro antibiótico. Pensar na remota possibilidade de tromboflebite pélvica.

2. Após orientação e aconselhamento, sempre que possível, sorologia para sífilis, hepatite B e HIV.

3. Reavaliar a paciente a cada três meses durante o primeiro ano.

4. Tratar de maneira mais agressiva as pacientes HIV+, com um dos esquemas de antibióticos parenterais.

Prolapso Genital


Em condições normais, o útero localiza-se entre a bexiga e o reto, suspenso por cima da vagina, na qual o colo uterino desagua, graças à ação de vários elementos que asseguram a sua fixação. Por um lado, existe um sistema de sustentação formado por um conjunto de músculos que constituem a denominada "base da pélvis", apenas interrompido pelos orifícios que permitem a passagem da uretra, vagina e reto, que impede a "queda" dos órgãos presentes na cavidade pélvica. Por outro lado, existe um sistema de suspensão formado por uma série de músculos e ligamentos, entre os quais se destacam os ligamentos útero-sagrados, que unem a parte inferior do útero e a parte superior da vagina com os ossos que constituem a pélvis óssea. Para, além disso, existe uma série de membranas e ligamentos, como os ligamentos redondos e os ligamentos largos, que contribuem para a manutenção dos órgãos genitais na sua posição normal.
O prolapso genital é provocado pela impossibilidade, dos elementos citados em desempenharem eficazmente a sua função. Por exemplo, os ligamentos e músculos da zona distendem-se e podem até chegar a romper-se ao longo do parto, o que justifica o facto de o prolapso uterino ser mais frequente em mulheres que tenham tido vários filhos, ainda que também possa afetar mulheres que não tenham qualquer filho. Para, além disso, a produção de lesões dos ligamentos de sustentação num parto, devido a um acidente ou como sequela de uma infecção, pode provocar um brusco prolapso genital. Todavia, o problema desenvolve-se, na maioria dos casos, de maneira progressiva e sem causa específica, como acontece com especial incidência em mulheres que apresentam uma debilidade constitucional dos sistemas de sustentação e de suspensão. Neste sentido, a menopausa constitui um momento crítico, já que o défice hormonal próprio desta época propicia atrofia e debilidade dos meios de sustentação do útero e dos restantes órgãos pélvicos, sendo a obesidade outro fator favorecedor significativo.
TIPOS
Prolapso uterino. Esta alteração, a mais comum, corresponde à descida do útero pelo interior do canal vaginal e, embora por vezes se trate de um ligeiro deslocamento, noutros casos penetra através do orifício vaginal ou até sobressai completamente para o exterior. De acordo com o nível de descida do útero, é possível distinguir vários tipos de prolapso. No prolapso de primeiro grau, o útero desce através do canal vaginal, mas não ultrapassa o plano da vulva; no prolapso de segundo grau, o útero ocupa todo o interior do canal vaginal e o colo uterino sobressai por fora da vulva; no prolapso de terceiro grau, todo o útero sobressai para fora da vulva.
Hérnias vaginais. Outro tipo de prolapso genital corresponde à protrusão de algum órgão adjacente, como a bexiga ou o reto, na vagina, o que é normalmente designado como colpocelo. Em caso de colpocelo anterior, ou cistocelo, a bexiga pressiona o septo anterior da vagina, formando uma proeminência no interior do canal vaginal. Em caso de colpocelo posterior, ou rectocelo, o reto pressiona o septo posterior da vagina e forma uma procidência no seu interior. O mesmo ocorre com o enterocelo, no qual o prolapso afeta a parte superior do septo vaginal posterior, proporcionando a formação de uma hérnia constituída por uma porção de intestino.
MANIFESTAÇÕES
As manifestações dependem do tipo e grau de prolapso genital. Embora o prolapso de primeiro grau não costume originar qualquer sinal ou sintoma ou apenas provoque problemas ligeiros, quanto mais grave for, mais evidente é a proeminência do útero através do orifício vaginal, dificultando ou impedindo relações sexuais e, por vezes, provocando hemorragias fora do período menstrual. As hérnias vaginais costumam ser perceptíveis como um inchaço que permanece no interior do canal vaginal e que, por vezes, penetra na vulva, sobretudo perante a realização de esforços, tosse ou risos. O cistocelo costuma gerar problemas urinários, já que limita a capacidade de distensão da bexiga, provocando micções frequentes, mas pouco abundante sensação de dificuldade em urinar e, ocasionalmente, incontinência urinária. O rectocelo costuma originar uma sensação de preenchimento da ampola rectal e, por vezes, provoca alguma obstipação.
Os problemas podem permanecer estacionários durante muito tempo, até mesmo anos, mas por vezes têm tendência para se irem agravando ou provocando complicações.
PREVENÇÃO
Dado que os ligamentos e os músculos pertencentes à base da pélvis têm a tendência para se distenderem e relaxarem ao longo da gravidez e, sobretudo, no momento do parto, os partos repetidos constituem um antecedente habitual do prolapso genital. Todavia, o risco pode diminuir caso se realizem, ao longo da gravidez, determinados exercícios que fortaleçam a base da pélvis e que favoreçam a recuperação da anatomia da zona durante o puerpério, sendo igualmente bastante úteis para as mulheres maduras, cujo tónus da musculatura pubococcígea costuma ficar debilitado.
Como existem vários exercícios muito úteis, alguns deles costumam ser ensinados nos cursos de preparação para o parto. Em primeiro lugar, é preciso controlar a acção dos músculos envolvidos, o que se pode conseguir através do relaxamento e contracção dos músculos que rodeiam a vagina. Para se avaliar a força destes músculos, deve-se introduzir um par de dedos na vagina e contraí-los, de modo a que a pressão seja perceptível, já que os exercícios de contração e constante dilatação da musculatura proporcionam o seu fortalecimento, o que é extremamente útil para a prevenção do prolapso genital.

MOLA

DEFINIÇÃO:

A doença trofoblastica e uma maladia do ovo, caracterizada pela degenerescência cística das vilosidades coriais.
E uma das causas de hemorragia da primeira metade do gravidez, então vamos considerar como sintoma de referência a hemorragia.

CARATERES DA HEMORRAGIA:

Hemorragias espontâneas, caprichosas, sangue vermelho, mais ou menos estriado de coágulos, as vezes eliminam-se ate vesículas molares.

Tambem, o sangramento da mola hidatiforme não esta seguido de abortamento. Ficando tudo tempo abertas, as vesiculas da mola continuam sangrando, porque a eliminação não e total.

FASE I – SUSPEITA DE MALADIA TROFOBLASTICA

Então, o primeiro elemento do problema – mulher grávida, na primeira metade da gestação, que tem hemorragia.

Hemorragia na primeira metade de gestação pode ser causada, porem, não somente pela doença trofoblastica gestacional. O abortamento (iminência ou o aborto já constituído) ou a prenhez ectópica são as outras duas causas de hemorragia neste intervalo.

A orientação ate doença trofoblastica será dada pelo outro sintoma muito importante, que diferencia de outras duas mencionadas – o útero em sanfona.

O útero em sanfona e o útero que, principalmente, esta alto demais para a idade gestacional e apresentamodificações de altura durante a evolução da gravidez.
Isto, junto com dor abdominal já pode por a primeira questão de doença trofoblastica gestacional.
Outras coisas que podem ser associadas:

· Ausência dos sinais de viabilidade fetal

· Cistos ovarianos bilaterais

PROXIMO PASSO. Será, que, de verdade, e doença trofoblastica?
Para responder e preciso de exames de confirmação:

· Medir o beta-HCG (hormônios coriônicos) praticamente um dos exames de confirmação, enquanto as taxas são muito elevadas (100.000-400.000 UI / 24 horas). Mais que isso, a taxa de beta-HCG pode ser relacionada com o numero de células ativas.

O beta-HCG tem duas subunidades: uma alfa que praticamente comum por todos os hormônios gonadotróficos e a subunidade beta- que da especificidade

· Acrescentar uma ultrasonografia. A imagem ultrasonografica mostra imagem de “flocos de neve”, características por doença trofoblastica gestacional.

Então, o diagnostico parece mesmo doença trofoblastica. Ate este ponto, conseguimos nos orientar sobre um diagnostico que foi certificado pelos exames clínicos.

VAMOS PARAR E PENSAR NESTE DIAGNOSTICO:

E muito importante parar e refletir ao diagnostico, porque, somente “Doença trofoblastica gestacional” não representa um diagnostico certo. Esse termo, que, praticamente, e genérico não oferece muitos dados sobre a natureza da doença, o tipo dela e, especialmente o prognostico e o tratamento.
A doença trofoblastica gestacional esta classificada em:

· FORMA BENIGNA – tal chamada de MOLA HIDATIFORME

· FORMAS MALIGNAS: Mola invasiva, Coriocarcinoma, Tumor de sitio placentário

Como já pode ser visto, a classificação em “benignas” e “malignas” muda muito os dados do problema. Principalmente, de evolução e prognostico. E do tratamento, igual.

FORMAS BENIGNAS

MOLA HIDATIFORME

A mola hidatiforme e uma forma benigna da doença trofoblastica gestacional. Ela (e mais a mola invasora) conservam a estrutura vilositária. E um tumor FUNCIONAL – atenção !!!!! - ela continua produzindo beta-HCG(como já vimos, um dos principais markers de identificação), mas também secreta lactogênio placentário, estrogênio e progesterona.

Então, mola hidatiforme NÃO e maligna, logo, NÃO e metastática. Mas isso não elimina o perigo de malignidade (5-20%). O perigo maior esta no intervalo de 3-4 meses depois o esvaziamento molar.
Uma vez que descobrimos a mola, também por razão de avaliar o prognostico vamos ter que descobrir que tipo de mola hidatiforme e: COMPLETA OU INCOMPLETA

QUE TIPO DE MOLA HIDATIFORME?

Por isso, vamos explorar a estrutura da doença trofoblastica, a morfopatologia dela.

MORFOPATOLOGIA:

Quando o ovo está inteiramente alterado (a placenta esta inteiramente alterada) a mola se apresenta como uma aglomeração de vesículas (mola total), unidas pelo pedículos, tipo um cacho de uvas, com um núcleo carnudo central.

CARACTERISTICAS:

Contem só tecido anexial
Não há tecido fetal
O risco de malignidade e 10-20%
O cariótipo e 46 XX, resultando, pelo que parece somente do material genético de espermatozóide. O conteúdo genético de ovulo esta perdido.

MOLA HIDATIFORME COMPLETA

Quando o ovo não esta atingido, demais, quando ate uma parte da placenta fica integra, temos partes do embrião (hemácias, fragmentos teciduais) ou mesmo embrião dentro da estrutura da mola – isto se chama de MOLA PARCIAL ou INCOMPLETA. Se for presente, o embrião está malformado ou com monstruosidades, raramente nasce vivo, e quando nasce, e inviável. O risco de malignização, porem, e menor.

O que e curioso e tem que saber respeito ao mola incompleta e que a fecundação e dispermica: 2 espermatozóides fecundam um ovulo, resultando uma aberração 69 XXX (66 + XXX), cariótipo que, claro e incompatível com a vida.
O que, também e curioso, e que, excepcional, tem embrião vivo e viável. E conhecido o caso do cirurgião Béclard que nasceu de uma gravidez molar

Porque e importante o tipo de mola (parcial ou total)?

Porque as chances de malignidade são maiores caso a mola esta total e menores se a mola for parcial. Também, o cariótipo e diferente e, no caso de mola incompleta achamos restos fetais, excepcionalmente feto vivo, seja ele malformado ou viável.

FORMAS MALIGNAS

CHORIOCARCINOMA

O choriocarcinoma e o mais representativo quanto as formas malignas da doença trofoblastica gestacional.

Relativo a isso, temos que saber que o choriocarcinoma não aparece do nada. Sendo uma forma maligna, uma EVOLUÇÂO de alguma coisa:

      • Mola hidatiforme (50% dos casos)
      • Aborto
      • Parto normal (22,5% dos casos)
      • Prenhez ectópica

Mais que isso, o choriocarcinoma, infelizmente dá metástases: no pulmão, no pelve, no cérebro e no fígado – todas correlacionando-se com o prognostico (bom caso que existem só metástases pélvicas ou pulmonares, ruim se forem metástases no cérebro ou no fígado).
As metástases são espalhadas via hematógena.

A paciente pode chegar no consultório com sintomas bem diferentes daquelas que sejam características por área ginecológica. Por exemplo, chega com tosse e hemoptise, e, ao exame Rx apareçam lesões numulárias, redondas, na área pulmonar. A primeira conclusão seria TBC ou câncer metastático, mais, os exames não confirmam TBC e nem podemos achar a origem das metástases.

Então, no histórico desta mulher podemos achar um antecedente de aborto, ou parto mesmo, que virou choriocarcinoma e deu metástase pulmonar. Pode ser uma possibilidade, não e uma regra.
A confirmação, claro vem pelo exame de beta-HCG que vai apresentar valores bem altos (500.000-1.000.000 UI/24 horas).

Choriocarcinoma pode ser acompanhado de:

      • Estado geral alterado
      • Persistência das hemorragias
      • Útero mole com colo entreaberto
      • Cistos tecaluteinicos
      • Altura uterina maior que a idade gestacional
      • Dor abdominal
      • DHEG
      • Hipertireoidismo
      • Hiperemese gravidica

O choriocarcinoma, porem tem a chance de remissão, uma vez que ele esteja descoberto rápido e tratado:

      • 95% dos casos que são descobertos nos primeiros 4 meses apresentam remissão
      • O prognostico de remissão abaixa ate 50% se existirem metástases hepáticas ou cerebrais.

Na frente de um caso com choriocarcinoma tem que avaliar o prognostico numa escala de três graus de gravidade:

Baixo risco:

      • existem metástases pélvicas ou pulmonares
      • o titulo de beta-HCG <>
      • evolução inferior a 4 meses

Risco médio:

      • existem metástases pélvicas ou pulmonares
      • o titulo de beta-HCG >40.000
      • evolução superior a 4 meses

Alto risco:

      • Existem metástases cerebrais ou hepáticas
      • Existe resistência previa ao quimioterapia

ATENÇÃO !!!!!!!!!!!
A doença trofoblastica gestacional e a única exceção da regra do DHEG – a definição de DHEG e “hipertensão que aparece depois a 20-a semana de gravidez”. No caso da mola hidatiforme, isso pode aparecer antes e vai ser considerado como tal.

TRATAMENTO

O tratamento e bem diferente, tanto por mola simples quanto por forma metastazánte, dependendo da:

      • Idade
      • Paridade

A primeira pergunta: está ou não está uma forma metastazante?
Segunda pergunta: que idade tem a paciente?

1) TRATAMENTO DA MOLA HIDATIFORME:

MULHER <35-40>

      • Evacuação da mola, preferindo a aspiração (e menos traumatizante), toda vez com proteção antibiótica
      • Se a idade gestacional for maior – histerotomia de evacuação
      • NÃO ENGRAVIDAR !!!!
      • Quimioterapia profilática com metotrexato 20-25 mg/dia, 5 dias

Seguimento paraclinico:

      • Dosagem semanal de beta-HCG ate o titulo de menos 500 UI (5 UI/ml)
      • Mesmo assim, dosagem mensal ate um ano, depois dosagem bimensal ate dois anos e de 6 em seis meses no terceiro
      • Exame ginecológico mensal ate remissão completa, depois, cada 3-4 meses
      • Não engravidar, ate dois anos

MULHER >35-40 anos de idade

Neste caso a conduta ótima e histerectomia profilática seguida de quimioterapia com metotrexato + seguimento clinico laboratorial:

      • Dosagem semanal de beta-HCG ate o titulo de menos 500 UI (5 UI/ml)
      • Mesmo assim, dosagem mensal ate um ano, depois dosagem bimensal ate dois anos e de 6 em seis meses no terceiro
      • Exame ginecológico mensal ate remissão completa, depois, cada 3-4 meses

2) TRATAMENTO DO CHORIOCARCINOMA:

MULHER <35-40>

Coisa bem diferente, com evolução imprevisível, o choriocarcinoma precisa de tratamento quimioterápico rápido:

Metotrexat, esquema oncologica: Caso de resistência ao metotrexato, usaremos poliquimioterapias

A esquema tem que ser repetida ao intervalo de 14 dias, 3-4 vezes, seguindo a curva de eliminação de beta-HCG.

MULHER > 35-40 anos de idade

A conduta ótima e histerectomia e tratamento com quimioterápicos.

CONCLUSOES FINAIS:

A doença trofoblastica gestacional e uma das três causas que pode produzir hemorragia na primeira metade da gravidez, precisando, por esta causa, de diagnostico diferencial claro com o abortamento e a gravidez ectópica,

O fato estranho de a mola derivar direto dum aborto ou de uma prenhez ectópica e ainda mais importante no razão de seguir uma paciente depois um tal incidente.

O risco de invasão neoplásica e muito alto e importante, por isso, o seguimento clinico e laboratorial por uma mulher que teve um aborto ou uma gravidez ectópica e quase obrigatório – ele tem que incluir o dosagem de beta-HCG e o exame ginecológico. O risco de neoplasia e maior 4 meses depois o aborto molar, mas no caso do outro tipo de aborto esse intervalo aumenta ate dois anos.

O prognostico da paciente diagnosticada com choriocarcinoma depende, na maioria das vezes, de alojamento das metástases – nesse assunto – as metástases cerebrais e hepáticas diminuem as chances de sobrevivência, tal como um intervalo maior de 4 meses de evolução.

O tratamento com metotrexato e universal no tratamento da mola e do choriocarcinoma. Em terapia única ou combinada ele representa o principal apoio de combate contra esta maladia. Um tratamento corretamente seguido pode resultar em remissão da doença em 95% dos casos.

A doença trofoblastica gestacional e a única exceção da regra do DHEG – a definição de DHEG e “hipertensão que aparece depois a 20-a semana de gravidez”. No caso da mola hidatiforme, isso pode aparecer antes de 20 semanas e vai ser considerado e tratado como preeclampsia, pelas regras dela.

Uma das principais condições de seguimento do tratamento duma paciente que teve mola hidatiforme e não engravidardurante dois anos depois o aborto da mola – caso contrario, ela não pode ser seguida para avaliar o risco neoplásico, enquanto o titulo de beta-HCG alto pode predispor ás erros de interpretação.